Os novos donos do Grupo Uniasselvi, com sede em indaial, assumiram nesta terça-feira, 1º de março, o controle da instituição. Os fundos de investimentos Vinci e Carlyle criaram o cargo de diretor de Operações e contrataram o executivo Valdir Gomes Barbosa Sobrinho para o posto.
Barbosa vai trabalhar ao lado do reitor Hermínio Kloch e será responsável, inicialmente, pela transição da gestão do grupo, que desde 2012 pertencia à Kroton Educacional. Kloch continuará na reitoria e vai se dedicar com mais intensidade aos assuntos acadêmicos.
Ao longo da semana a dupla vai visitar as seis unidades do grupo, em Indaial, Timbó, Blumenau, Guaramirim, Brusque e Rio do Sul, além do Departamento de Ensino a Distância para comunicar oficialmente a transição.
A Uniasselvi foi vendida pela Kroton Educacional aos fundos Vinci e Carlyle em outubro do ano passado por R$ 1,1 bilhão. A venda foi uma condição imposta pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para aceitar a fusão da Kroton com a Anhanguera.
Entrevistei a dupla que vai comandar a Uniasselvi a partir de agora. Na sede, em Indaial, conversamos, principalmente, sobre o futuro da instituição.
O que muda nesse primeiro momento?
Valdir Gomes Barbosa Sobrinho – Nós vamos trazer para Indaial as atividades que antes eram realizadas pela Kroton fora de Santa Catarina. A nossa ideia é que a gente tenha a sede aqui e que, em pouco tempo, não tenhamos mais vínculo algum com a Kroton. Vamos ter que contratar gente, ampliar operações. Na parte acadêmica não há alterações.
Que tipo de operação ocorria fora e passa a ocorrer aqui?
Barbosa – Toda a parte de tomada de decisão vem para cá. A parte estratégica também e algumas áreas operacionais que ficavam em São Paulo, como compras, suprimentos, marketing e tecnologia da informação.
Existe algum motivo para a comunidade acadêmica temer uma transição conturbada?
Barbosa – Não consigo visualizar nada. A gente tem um respeito muito grande pelo modelo adotado hoje dentro da Uniasselvi. Isso foi um fator motivador para a gente estar aqui.
Hermínio Kloch – A Carlyle e a Vinci compraram a Uniasselvi justamente por ter um modelo diferenciado. É o que se quer preservar. A gente ganha em manutenção da qualidade do ensino e a vinda da estrutura de tomada de decisão. Tudo acontece agora aqui no município de Indaial.
É um resgate do DNA da Uniasselvi?
Kloch – É a palavra perfeita. A minha preocupação como reitor era saber quem é o novo dono. Será que ele vai olhar no meu olho e dizer que isso aqui não tem sentido nenhum e que só quer rentabilidade? Essa preocupação foi descartada.
Há previsão de investimentos?
Barbosa – Hoje temos um processo de expansão de 29 novos polos de ensino a distância até abril ou maio. Com isso teremos 77 no total. No presencial, inicialmente não há planos, mas a gente quer expandir.
E sobre a possibilidade de uma nova venda da instituição? Ela existe?
Barbosa – O foco total está em fortalecer a marca Uniasselvi, em crescer com a marca, com a instituição. O futuro a gente não tem como prever. O que é marca dos dois fundos é deixar as instituições que são adquiridas num patamar de qualidade e de gestão num grau acima do que a gente encontra. Para a Uniasselvi é um ganho importante de troca de experiências com várias outras empresas que a gente tem.
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